A corrida pela exploração econômica da Lua subiu de patamar nesta semana com a iniciativa dos Estados Unidos de formular uma proposta a seus parceiros do Acordo Artemis sobre a mineração do satélite natural e com o lançamento, pela China, de um novo foguete com o protótipo de uma espaço nave que permitirá, no futuro, levar tripulações a uma estação. Assim como no pós-guerra Washington e Moscou se desdobravam para alcançar a Lua, Pequim entra no jogo como o principal adversário americano na área espacial.
O marco legal para a exploração de minérios na Lua fará parte do Acordo Artemis, uma joint-venture dos Estados Unidos com o Japão, o Canadá, os Emirados Árabes e alguns países europeus. Negociações serão iniciadas com as nações interessadas na mineração no satélite. Segundo a agência Reuters, a Rússia não será convidada inicialmente.
O objetivo será instalar estações espaciais no satélite natural na próxima década, que desempenharão um papel estratégico para outros projetos espaciais mais ambiciosos, inclusive para Marte, informou o jornal britânico The Guardian.
A China também planeja o envio de astronautas para montar na Lua estações espaciais. Nesta semana, o foguete Grande Marcha 5B foi lançado da base de Wenchang, na ilha de Hainan. Houve sucesso na separação do protótipo de espaçonave oito minutos depois do lançamento, quando o aparelho entrou em sua órbita, segundo a agência estatal Xinhua. Tratou-se de um teste. O plano de Pequim é finalizar a montagem da estação espacial Palácio Celestial em 2022, com capacidade para seis tripulantes.
Embora os Estados Unidos tenham sido o único país a enviar astronautas à Lua, a China tem intensificado seus esforços para atingir o satélite. Já enviou humanos ao espaço, satélites orbitais e um veículo não tripulado ao lado escuro da Lua em 2019. Em seus planos está o envio de uma sonda a Marte ainda neste ano.
Fonte: VEJA