Os avanços da humanidade no campo da energia desde o domínio do fogo moldaram o mundo como o conhecemos hoje. Em grande parte, para o bem. Para mitigar a parcela que corresponde ao “para o mal”, grandes empresas do setor têm dedicado atenção e recursos com ênfase na questão ambiental.
A gigante catarinense WEG é um dos exemplos dessa atitude no país, colocando a sustentabilidade em produtos e processos na missão da companhia desde a fundação. Segundo Hilton José da Veiga Faria, diretor de RH e sustentabilidade do grupo, onde trabalha há 40 anos, os resultados dessa cultura fazem com que a empresa seja mais competitiva. “Da porta para dentro, otimizamos recursos, reduzimos custos, racionalizamos despesas e buscamos sempre o menor impacto ambiental em nossas operações”, afirma. “Da porta para fora, oferecemos ao mercado as melhores soluções em eficiência energética, a geração de energia renovável, a mobilidade elétrica e as soluções digitais.” A geração de energia pela queima de biomassa e de lixo, além da solar fotovoltaica e da eólica, são exemplos práticos da relação da WEG com o environmental. “Metade do nosso faturamento é fruto da venda de produtos lançados nos últimos cinco anos”, diz o executivo. O faturamento da WEG em 2020 foi de R$ 17,5 bilhões.
O diretor detalha os resultados desse empenho: “Nossa emissão de CO2 é a menor do segmento. Nossos motores com ímãs permanentes têm os maiores níveis de eficiência – quanto maior a eficiência do motor elétrico, menor a emissão de CO2 (e isso é particularmente relevante nos países onde a matriz energética elétrica é baseada na queima de combustíveis fósseis).” O índice de reciclabilidade de seus motores é de mais de 90%. “Aproveitamos sucata de aço do processo de estampagem para fabricação de peças de ferro fundido.”
No quesito reflorestamento, a área de mata nativa preservada chega a 40% da área total de propriedade da WEG – e inclui a integração entre fauna e flora, mantendo a ligação de mata nativa com corredores de transição da fauna local.
No campo da responsabilidade social, a companhia atua em projetos de saúde, educação, cultura e inclusão social. “O investimento social tem como objetivo cooperar para o desenvolvimento das comunidades em que mantemos nossas operações, contribuindo para o aumento das oportunidades”, diz Faria. Desde 1968, a empresa mantém em Jaraguá do Sul (SC) um centro de treinamento para jovens a partir de 16 anos – e todos eles são absorvidos após completarem a formação em nove modalidades. “Já formamos e empregamos mais de 4 mil jovens.” Além disso, a WEG mantém um Grupo de Responsabilidade Social que analisa as demandas das comunidades com foco em educação, saúde, cultura e inclusão.
Sobre governança, a empresa se insere no Novo Mercado da B3, “mantendo os princípios de transparência, equidade e prestação de contas aos acionistas e partes interessadas”. A governança de gestão de riscos “segue as melhores práticas internacionais”.
“Nos últimos anos, as companhias (principalmente as de capital aberto) passaram a receber um volume maior de demandas relacionadas ao tema ESG, o que nos estimula ainda mais a trabalhar na melhoria contínua. Nossas pesquisas e inovações, focadas em produtos conectados, confiáveis e competitivos, têm relação direta com uma economia alinhada ao desenvolvimento sustentável.”
Fonte: Forbes