O Ministério de Energia e Recursos Naturais Não Renováveis do Equador anunciou nesta quartafeira a descoberta de uma das maiores minas de ouro, cobre e prata do mundo.
Batizada como “Alpala”, a mina faz parte do projeto “Cascabel” e está na província de Imbabura, no norte do país.
Segundo especialistas consultados pelo governo do Equador, a região pode ser classificada como um “depósito de nível 1”, que são muito raros, mas responsáveis por mais da metade da produção de cobre do mundo.
Um relatório preliminar de avaliação econômica aponta que a “Alpala” pode ser a maior mina subterrânea de prata do
mundo, a terceira de ouro e a sexta de cobre. O local teria, segundo o estudo, 10,9 milhões de toneladas de cobre e 23
milhões de onças de ouro.
As informações sobre o potencial da região foram divulgadas hoje por Jason Ward, presidente-executivo da Solgold, que opera a mina, durante um evento que contou com a participação do ministro de Energia e Recursos Naturais Não Renováveis, Carlos Pérez.
“O Equador tem um alto potencial na mineração e um exemplo disso é o projeto ‘Cascabel’, cujos investimentos durante a vida útil da região podem chegar a US$ 26 bilhões. Isso representa grandes benefícios em matéria de emprego, infraesturutra, impostos e royalties, fora a compensação social, o cuidado com o meio ambiente e a capacitação (de trabalhadores)”, disse o ministro.
Segundo a empresa que tem o direito de explorar o local, a vida útil da mina estaria entre 49 e 66 anos. A expectativa é produzir anualmente, nos primeiros 25 anos, 207 mil toneladas de cobre, 438 mil onças de ouro e 1,4 milhão de onças de prata.
Durante o evento, Pérez apresentou a nova política do governo do Equador para a mineração. O objetivo é, segundo o ministro, garantir que a exploração seja feita com sustentabilidade social e ambiental, garantindo que as melhores práticas sejam aplicadas para proteger o patrimônio natural e a vida humana.
A mineração e as atividades ligadas ao petróleo são duas das principais fontes de receita para o governo do Equador, mas grupos indígenas e ativistas criticam firmemente os projetos em andamento por considerar que eles ameaçam a biodiversidade do país.
Fonte: EFE