quinta-feira, 9 de maio de 2024
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    Empresa investe R$ 450 milhões em indústria de rochas ornamentais

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    A riqueza potencial do Estado em rochas ornamentais pode transformar o Norte de Minas e a região do Vale do Jequitinhonha. Com um investimento total de R$ 450 milhões, a empresa de mineração Simbel está implementando um projeto em Bocaiuva, no Norte de Minas, para exploração e beneficiamento de quartzito, que vai contar também com uma indústria química para a produção de quartzo de alta pureza, utilizado em materiais de alta tecnologia e em painéis de energia solar.

    A primeira fase do projeto, como explica o CEO da Simbel, Manoel Gomes de Souza Netto, vai se concentrar na produção de blocos brutos e chapas de quartzito para o mercado externo. “Já fizemos um investimento de R$ 15 milhões em pesquisa e no início da serragem dos blocos”, afirma ele, apontando que a aplicação de recursos na planta de beneficiamento deve ocorrer em até três anos.

    “Na primeira etapa, começamos exportando os blocos diretamente de Minas Gerais. Na segunda etapa agrega-se valor, transformando os blocos em chapas e exportando-as”, diz ele, acrescentando que a indústria poderá processar rochas exploradas tanto pela Simbel quanto por produtores menores.

    A projeção é que, em plena operação, a planta de beneficiamento de rocha ornamental e a produção do quartzo de alta pureza gerem até 400 empregos diretos para Bocaiuva, que fica na foz do rio Jequitinhonha.

    Potencial

    A segunda etapa do processo, que será de purificação de quartzo a partir de um processo químico, deverá ocorrer em até cinco anos. Segundo o CEO, já existem empresas no Estado que processam o elemento de forma metalúrgica, com fornos elétricos, mas a Simbel será a primeira a usar procedimentos químicos na produção de quartzo de alta pureza – a tecnologia, ele explica, até agora só é empregada nos Estados Unidos.

    “Essa é uma demanda crescente e agressiva, porque a aplicação da energia solar está cada vez mais em uso. É uma ótima notícia para a região porque, até agora, é na Carolina do Norte (EUA) que é produzido o quartzo de alta pureza do mundo inteiro”, afirma. Para ele, o potencial do Jequitinhonha é ainda maior. “O verdadeiro vale do silício é essa região. É o local com maior abundância de quartzo de qualidade em termos mundiais”, diz.

    O plano é que o mineral seja exportado para o Japão e para a China. “Hoje, a demanda é maior que a oferta. Podemos também atrair empresas, por exemplo, produtoras de fibra óptica, para se instalarem no local, aproveitando a proximidade do insumo. É um projeto que visa não só explorar pela primeira vez esses minerais de forma sistêmica, organizada e sustentável, mas também atrair indústrias de alta tecnologia”, afirma.

    Para a planta de beneficiamento de quartzito, a empresa já está em entendimentos avançados com o Banco do Nordeste para uma parceria de investimento. Já o quartzo de alta pureza deve ter parcerias com bancos internacionais e com os compradores da Ásia, que poderão contar com o retorno do investimento em material.

    Lítio
    Além das operações em quartzito e quartzo, a mineradora Simbel possui um terceiro projeto na mesma região, para a obtenção de lítio.

    Tecnologia só surgiu na última década

    Como O TEMPO mostrou nos últimos dois dias, a falta de indústrias de beneficiamento de rochas ornamentais em Minas faz com que a matéria-prima daqui seja tratada no Espírito Santo, de onde é exportada. Nesse processo, o Estado mineiro deixa de ganhar R$ 1,1 bilhão por ano.

    Segundo o CEO da Simbel, Manoel Gomes de Souza Netto, o quartzito entrou no radar do mercado há apenas cinco anos. Devido à dureza maior que a do mármore e do granito, o quartzito necessita de uma tecnologia nova e mais cara. “O advento do fio diamantado, que aconteceu nos últimos dez anos, viabilizou explorar essa rocha. Estamos 30 anos atrás do Espírito Santo porque não existia essa tecnologia que hoje nos permite serrar blocos de quartzito”, conta, acrescentando que as melhores jazidas de quartzito estão em Minas.

    Fonte: O Tempo

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