Pela primeira vez, Capital do Minério vê cifra do seu primeiro bilhão em menos de 6 meses. Se continuar como tal, arrecadação da prefeitura vai chegar a R$ 2,7 bilhões e superar 11 capitais.
A Prefeitura de Parauapebas amanheceu nesta quinta-feira (13) com R$ 114.751.449,42 em royalties de mineração creditados na conta do Banco do Brasil pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e um novo recorde: pela primeira vez, cravou seu primeiro bilhão ainda no primeiro semestre do ano. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que foi às contas apurar mais esse “fenômeno”.
E não, não adianta correr no portal da transparência municipal atrás de enxergar um bilhão de reais em receita porque o valor ainda não aparece lá. O montante dos royalties, por exemplo, só deve dar as caras no portal a partir de segunda-feira, quando forem feitos ajustes contábeis. O valor da arrecadação bruta disponível hoje no portal é de R$ 869.214.698,94 e não inclui, além dos royalties de hoje, outros R$ 5.671.987,85 recebidos a título de Fundo de Participação dos Municípios (FPM) no último 10 de maio, dia do aniversário de Parauapebas, quando também foram creditados R$ 3.437.948,20 referentes à cota-parte do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Hoje é apenas o 133º dia do ano, mas já faz a Prefeitura de Parauapebas ser “obrigada” a suportar, deliciosamente, uma média diária de R$ 7.518.796,99. É tanto, mas tanto dinheiro, que oito capitais brasileiras podem espernear e ainda assim não ajuntam tanto. As prefeituras de Macapá (AP), Rio Branco (AC), Palmas (TO), Boa Vista (RR), Porto Velho (RO), Vitória (ES), Florianópolis (SC) e Aracaju (SE) já arrecadam menos que a de Parauapebas desde o ano passado.
Se mantiver esse galope, a receita bruta da administração de Darci Lermen fechará o ano com impressionantes R$ 2,744 bilhões ajuntados em 365 dias, o que a tornará mais rica do que, também, as prefeituras das capitais João Pessoa (PB), Natal (RN) e Cuiabá (MT), e ameaçará Maceió (AL). A arrecadação do município de aproximadamente 250 mil habitantes já “destruiu” até mesmo a de localidades com mais de um milhão de moradores, como a de São Gonçalo (RJ), onde vivem 1,1 milhão de pessoas.
R$ 1 bilhão na roda
Este ano, o bilhão chegou cedo demais: em menos de cinco meses completos do ano. No ano passado, conforme anunciado pelo Blog do Zé Dudu, a receita bruta só cruzou R$ 1 bilhão no dia 11 de agosto. Dois anos atrás, em 2019, o bilhão chegou em 17 de novembro. De 2013 para cá, apenas em 2016 o governo de Parauapebas não atingiu a marca gloriosa de R$ 1 bilhão — passou raspando: R$ 980,5 milhões naquele ano.
Fonte: Ze Dudu