Com uma pedra alojada dentro da outra, gema raríssima foi apelidada de Matrioska, as tradicionais bonecas russas em que uma sai de dentro da outra
Um diamante raríssimo foi encontrado em uma mina na região de Iacútia, na Sibéria, extremo-oriente da Rússia. Ou melhor dizendo: dois diamantes. Em um só!
De forma extraordinária, a gema é composta por dois diamantes: um maior, com uma cavidade interna, onde uma pedra menor se desenvolveu de forma completamente autônoma.
Segundo relatos reproduzidos pelo jornal local Siberian Times, é possível ver a pedra menor se movendo dentro da “barriga” do diamante maior. Mas apenas no microscópio, já que o diamante maior mede menos de 5 milímetros, enquanto o menor não chega a 2 milímetros.
A descoberta foi registrada pela empresa estatal de mineração Alrosa, que batizou o diamante duplo de Matrioska, em referência às tradicionais bonecas russas que carregam
‘Criação única da natureza’
Ainda não se sabe quanto pode valer o diamante duplo, que se estima ter mais de 800 milhões de anos.
De acordo com o Siberian Times, a empresa russa deve enviar o diamante “grávido” para o Instituo Gemológico dos EUA para análises mais aprofundadas.
“Até onde sabemos, não existe nada igual na história da mineração de diamantes global’, disse à impressa Oleg Kovalchuk, representante da Alrosa.
Normalmente, explicou Kovalchuk, as cavidades que se surgem no longuíssimo processo de formação dos diamantes são preenchidas por outros minerais.
O diamante duplo da Sibéria é, na avaliação do especialista, “uma criação única da natureza”.
Fonte: R7