Três responsáveis da empresa que explorava a mina de ouro da Sibéria, onde uma barragem colapsou no sábado de manhã, matando pelo menos 15 pessoas, foram hoje detidos, anunciaram as autoridades russas.
“O diretor da sociedade de mineração de ouro Sissim, o gerente e o responsável no local de mineração foram presos”, anunciou a comissão de inquérito em comunicado, especificando que os três homens foram levados para a capital regional, Krasnoyarsk, para interrogatório.
Segundo os órgãos de comunicação social russos, Sissim é uma subsidiária da empresa russa Sibzoloto, uma corporação com vários locais de mineração de ouro.
A Comissão de inquérito russa revelou ter realizado buscas nas instalações da empresa. “As violações cometidas durante a extração de ouro são consideradas a versão prioritária” do drama, acrescenta a organização.
Quinze pessoas morreram e outras seis ainda estão desaparecidas após o rebentamento da barragem no local remoto de uma mina de ouro na Sibéria, que provocou a inundação das instalações onde viviam os trabalhadores.
Segundo autoridades locais, a barragem foi construída sem respeitar os regulamentos e as autoridades desconheciam a sua existência.
As operações de busca pelos seis desaparecidos têm sido complicadas, devido ao mau tempo na região de Krasnoyarsk, que impede a utilização de aviões, afirmou o Ministério russo das Situações de Emergência.
A Rússia é um dos principais produtores mundiais de ouro, com quase 300 toneladas extraídas em 2018. Várias grandes empresas partilham o mercado, mas a mineração aluvial de ouro é frequentemente feita por pequenas empresas como Sibzoloto, que produziu três toneladas em 2018.
Fonte: Expresso.