O Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), empresa pública ligada ao Ministério de Minas e Energia (MME), descobriu novos depósitos com boa possibilidade de extração de Potássio na bacia do Amazonas. A descoberta ampliou em 70% a potencialidade sobre depósitos de sais de potássio, ou silvinita, como é denominado o mineral cloreto de potássio, do qual se extrai o potássio (K).
Esse minério é um dos mais importantes para fabricar fertilizantes utilizados nas lavouras. O mineral é largamente utilizado para aumentar a produtividade no campo e, com o nitrogênio e o fósforo, forma a tríade presente nas formulações NPK.
De acordo com o diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, Marcio Remédio, caso esses depósitos já identificados entrem em produção, o impacto para o setor agrícola e para a produção de fertilizantes no Brasil pode ser imediato. “A expectativa é que, ao reduzir a importação de fertilizantes, o insumo torne-se mais barato e acessível, eliminando custos de transporte e logística”, explicou em nota publicada no site do MME..
Atualmente, segundo o Ministério da Economia, o Brasil importa 96,5% do cloreto de potássio que utiliza para a fertilização do solo. Também ostenta o título de maior importador mundial de potássio, com 10,45 milhões de toneladas adquiridas em 2019 e cerca de 11,5 milhões de toneladas em 2020..
Na visão do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), é crucial que a sociedade tenha a compreensão de que mineração é imprescindível para o País e para cada um dos brasileiros. “Todos concordamos que precisamos dispor de bens minerais para o desenvolvimento socioeconômico do país e para promoção do bem-estar da sociedade. O setor mineral é estratégico para o Brasil”, afirma Flávio Penido, diretor-presidente. Ele lembra que a mineração contemporânea deve ser associada a uma imagem de promoção da qualidade de vida e do desenvolvimento socioeconômico.
De acordo com o estudo do SGB/CPRM, até o momento, pode-se afirmar a existência de depósitos em Nova Olinda do Norte, Autazes e Itacoatiara, com reservas em torno de 3,2 bilhões de toneladas de minério, além de ocorrências em Silves, São Sebastião do Uatumã, Itapiranga, Faro, Nhamundá e Juruti. Clique aqui e veja o estudo na íntegra.
*Com informações do MME