Corrida pelo lítio faz maior produtor mundial tomar diversas medidas de emergência para atender à demanda
O crescimento global das vendas de carros elétricos definitivamente está agitando a indústria da mineração. Nessa semana, a Albemarle, maior produtora mundial de lítio, anunciou mais investimentos para ampliar a produção, enquanto estuda novas oportunidades de expandir seu negócio.
De acordo com a Reuters, a gigante mundial do minério planeja começar a vender até meados do próximo ano a produção de uma nova usina no Chile e de outra unidade ampliada que fica na Austrália ao mesmo tempo em que reativa uma mina que estava ociosa.
E o crescimento da demanda, é claro, vem dos principais produtores de componentes para baterias recarregáveis. Esse aumento na procura fez os índices de referência mais que dobrarem de valor durante este ano e levou os preços no mercado chinês à níveis recordes.
De acordo com o que foi apurado, com o sistema operando com baixos ou nenhum estoque ao mesmo tempo em que as previsões apontam que a demanda irá mais do que triplicar até 2025, está havendo uma corrida onde os grandes clientes compram todo o lítio disponível no mercado.
“Estamos indo o mais rápido que podemos” em termos de execução de projetos, disse o CEO Kent Masters na sede da empresa em Charlotte, Carolina do Norte.
Vários países na Europa, EUA e Ásia já investiram cerca de US$ 20 bilhões nos últimos anos na produção de baterias de lítio e seus respectivos insumos como prioridade máxima para atender a necessidade de eletrificação de suas frotas de veículos.
Nesse cenário, o Brasil, que tem acelerado a produção de lítio nos últimos anos, tem potencial para ocupar um espaço nesse mercado sedento pelo metal valioso à medida em que a produção de carros elétricos cresce a níveis cada vez mais altos ano após ano.