A CSN Mineração, braço de mineração da Companhia Siderúrgica Nacional, protocolou nesta terça-feira (20), o prospecto preliminar da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), quando uma empresa estreia na bolsa.
A CSN anunciou, em fato relevante, que já protocolou pedido de registro de oferta pública de sua subsidiária e solicitou adesão da CSN Mineração ao segmento nível 2 de governança da B3. Segundo o comunicado divulgado ao mercado, a oferta será primária e secundária e foi aprovada em assembleia geral extraordinária e em reunião do conselho de administração da CSN, realizadas em 15 de outubro.
A CSN afirmou que “serão oportunamente fixadas” as demais condições da oferta, como quantidade de ações ordinárias da CSN Mineração e preço por ação durante a oferta, definido por procedimento de coleta de intenções junto a investidores institucionais, o chamado procedimento de “bookbuilding”.
A empresa pretende realizar oferta primária — com emissão de novas ações — e secundária — com negociação de fatia dos atuais sócios.
Além da CSN, com participação de 87,53%, a companhia também tem como sócios a Japão Brasil Minério de Ferro (10,04%), a China Steel Corporation (0,41%) e a Posco (2,02%).
Em seu prospecto, a CSN Mineração destaca ser a segunda maior produtora de minério de ferro do país, atendendo ao mercado exportador e à siderurgia nacional.
No período de nove meses encerrados em setembro, a companhia registrou lucro líquido de R$ 2,7 bilhões, queda de 8,9% ante o mesmo período de 2019. A receita, por outro lado, cresceu 7,9%, para R$ 8,94 bilhões.
A CSN Mineração também apontou ter vendido 38,3 milhões de toneladas de minério de ferro em 2019, alta de 8,8% na comparação anual.
A coordenação da oferta é liderada pelo Morgan Stanley com o apoio de Bank of America, BTG Pactual, Bradesco BBI, UBS, Caixa, Citigroup, Banco Fibra, Safra e Santander e tem a XP como agente estabilizadora.
A fixação do preço por ação e do montante a ser movimentado pelo IPO ainda depende de procedimento de coleta de intenção de investimentos (“bookbuilding”).
Por Rodrigo Rocha
Fonte: Valor Investe