O grupo brasileiro vai desembolsar R$ 720 milhões para a aquisição de 100% da operação do Porto de São Luís e está criando uma joint venture para a exploração de minério de ferro
A brasileira Cosan acaba de anunciar que fechou nesta segunda-feira, 23 de agosto, uma proposta vinculante para a compra de 100% das operações do porto de São Luís, no Maranhão, pelo valor de R$ 720 milhões.
O anúncio foi feito por meio de fato relevante, divulgado às 18h12. Pelos termos do documento, a Cosan, por meio da Atlântico Participações, sua controlada, celebrou o acordo com o grupo China Communications Construction Company (CCCC), acionista controlador do porto, e os demais acionistas minoritários da operação.
Segundo a Cosan, o acordo, centrado nos segmentos de mineração e logística, marca sua nova estratégia de investimentos, por meio da qual aportará recursos em novos negócios próprios e, eventualmente, também de terceiros.
Ainda nessa linha, o grupo anunciou, que vai entrar no setor de mineração. Isso vai acontecer por meio da Atlântico Participações, que firmou um memorando de entendimentos vinculante com o Grupo Paulo Brito, fundador e controlador da Aura Minerals, empresa de mineração com foco em ouro e cobre. As duas empresas estão formando uma joint venture para a exploração de minério de ferro.
O acordo em questão prevê que a Atlântico deterá 37% do capital total e controle compartilhado da nova companhia, com 50% das ações ordinárias da operação. “A Cosan ingressa com um parceiro estratégico em um novo ramo de negócios, contribuindo com sua expertise logística portuária e de gestão”, ressaltou a empresa no fato relevante.
A Cosan destacou ainda que a joint venture será uma empresa integrada de mineração e logística, que possuirá, além do Porto, direitos de exploração de ativos minerários em 3 projetos minerais localizados no Estado do Pará, com potencial importante de reservas de minério de ferro.
Sob o comando do CEO Juarez Saliba de Avelar, executivo com passagens por companhias como Vale e CSN, a joint venture tem previsão de início de operação em 2025. O primeiro projeto a ser explorado está localizado próximo à cidade de Parauapebas (PA).
Avaliada em R$ 41,2 bilhões, a Cosan fechou o pregão desta segunda-feira com suas ações cotadas a R$ 22,12, queda de 1,82%. No ano, porém, os papéis da companhia acumulam uma valorização de 16,85%.