As importações de potássio da Jordânia para o Brasil poderão aumentar, de forma a garantir o fornecimento desse importante fertilizante para a agricultura brasileira. Essa é a expectativa manifestada hoje (7) pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, durante a visita que fez à fábrica Arab Potash Company (APC), naquele país.
Na visita da comitiva do ministério à fábrica, que produz mais de 2,4 milhões de toneladas de potássio por ano, Montes reuniu-se com o presidente da empresa, Maen Nsour, de quem ouviu manifestações de interesse em ampliar as vendas do fertilizante ao Brasil.
“Essa visita é indicativa que teremos relação estratégica comercial de longo prazo” disse Nsour ao elogiar o potencial do mercado brasileiro para seu produto. “O Brasil é importante porque trabalha para a segurança alimentar do mundo”, disse o empresário.
Segundo o ministério, a Jordânia é o 7º maior produtor mundial de potássio, sendo a APC a oitava maior produtora mundial de potássio em volume. “As operações da APC estão localizadas a 110 km ao sul de Amã, onde a Companhia produz quatro tipos de potássio: potássio padrão, fino, granular e industrial”, informou a pasta.
Durante a visita à fábrica, Montes disse estar otimista com as negociações em curso. “Estamos acertando para que ela continue fornecendo potássio ao Brasil. Estamos recebendo uma quantidade razoável atualmente e, no próximo ano, receberemos aproximadamente 500 mil toneladas. Quem sabe em dois ou três anos passemos a receber mais de 1 milhão de toneladas dessa empresa”, disse o ministro brasileiro.
“Recebemos também a notícia de que a empresa abrirá escritório ono Brasil, para as negociações ficarem mais próximas”, acrescentou
De acordo com o Mapa, o Brasil importa cerca de 85% de todo o fertilizante usado na produção agrícola nacional. No caso do potássio, o percentual importado é de cerca de 95%.
O Brasil é o quarto maior consumidor do fertilizante e, em 2021, as importações desse produto ficaram acima de 41 milhões de toneladas, o que, segundo o ministério, equivale a mais de US$ 14 bilhões.
Nos próximos dias, a comitiva do Mapa visitará Egito e Marrocos, para tratar também do fornecimento de fertilizantes e da ampliação de investimentos no Brasil.
Fonte: EBC
Presidente da Potássio Brasil apresenta projeto de Autazes em evento do MPF e da PGR, em Brasília
Presidente da Potássio do Brasil garantiu que projeto não deve ter desmatamento em evento promovido pelo MPF, que se encerra hoje (5/5), com o procurador-geral da República e ministros
O presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, esclareceu sua posição sobre a implantação do Projeto Potássio Autazes para procuradores, ministros e autoridades de diversos segmentos, entre eles o de fertilizantes e o de mineração do País, em Brasília, durante o evento “A Produção Nacional de Fertilizantes e Seus Impactos Econômicos, Ambientais e Sociais”, que começou ontem, 4, e encerra hoje, 5, promovido pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo Ministério Público Federal (MPF).
Na ocasião, Espeschit afirmou o compromisso do Projeto Potássio Autazes com a sustentabilidade e reforçou que não haverá desmatamento de nenhuma área para a implantação fabril e exploração do minério, tendo em vista que a área das instalações industriais já foi degradada por outras atividades econômicas. Ainda assim, o Projeto promoverá reflorestamento na região, seguindo rígidos critérios de ESG (Environmental, Social, and Governance), sigla de Meio Ambiente, Social e Governança, em inglês, para denominar as ações de sustentabilidade empresarial.
“Não vamos desmatar um hectare sequer porque essa área já foi desmatada por ocupações anteriores. Não existe nenhuma degradação em áreas que nós vamos ocupar na superfície. Mesmo assim, nós temos o compromisso de reflorestar uma área dez vezes maior do que essa área que nós vamos ocupar na superfície”, afirmou.
Além disso, Espeschit reforçou que a empresa tem o Programa Autazes Sustentável (PAS), com mais de 30 projetos socioeconômicos-ambientais para aplicar na região. Um deles é o de fornecimento subsidiado de Cloreto de Potássio para agricultores familiares, para evitar que haja desmatamento por conta da atividade.
“Depois de plantar uma, duas, três vezes, acabou. O solo fica pobre. Se o agricultor não tem dinheiro para comprar fertilizante, o que ele faz? Um dos nossos programas é subsidiar Potássio para quem fizer programas dessa forma adequadamente. Estamos buscando parceiros, como a Embrapa, por exemplo, para nos ajudar a fazer o critério disso”, esclareceu.
O presidente da Potássio do Brasil explicou que a extração do Potássio na região também será sustentável, pois utilizará o método de câmaras e pilares. As câmaras são abertas e os pilares darão sustentação. Depois, será retirada a Silvinita, um minério composto de Silvita, que é o Cloreto de Potássio, e Halita, que é o Cloreto de Sódio (Sal de Cozinha). “É uma mineração extremamente sustentável. É engenharia pura. Sustentabilidade é usar a engenharia de forma adequada”, disse.
Durante o evento, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que é possível desenvolver economicamente o país viabilizando projetos de oferta de fertilizantes, como o Projeto Potássio Autazes, considerado estratégico para o País.
Ele lembrou que o Brasil tem a oportunidade de expandir a produção de fertilizantes e sair da condição de um dos maiores importadores no mundo e da dependência externa.
“Apesar da abundância e dos inúmeros recursos naturais e riquezas que possuímos em nosso território, somos um dos maiores importadores mundiais de fertilizantes, situação que nos diferencia de outros grandes consumidores e nos expõe a riscos de abastecimento, como vivenciado a partir dos conflitos internacionais atuais”, disse o ministro.
O procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, também falou da relevância do projeto de potássio na Amazônia, citando os esforços para promover a sustentabilidade, a diplomacia e a segurança jurídica em meio ao atual cenário de crise na Ucrânia e Rússia, grandes exportadoras de fertilizantes para o Brasil.
“De um lado, a diplomacia brasileira tem mantido boas relações com nossos principais fornecedores de insumos. De outro lado, as reservas de potássio da Amazônia, um dos fertilizantes mais usados na agricultura, são encontradas em parte considerada fora de Terras Indígenas, segundo estudos da Universidade Federal de Minas Gerais”, ressaltou.
Atualmente, o Projeto Potássio Autazes da Potássio do Brasil está em fase de licenciamento ambiental, já possui a Licença Prévia (LP), e aguarda a Licença de Instalação (LI) uma vez que a consulta ao povo indígena Mura de Autazes e Careiro da Várzea foi deflagrada desde 2019, fruto de um acordo judicial entre a empresa e o Povo Mura, na Justiça Federal.
O que é a Potássio do Brasil?
A Potássio do Brasil é uma empresa privada brasileira, com atuação na região amazônica desde 2009. Possui investidores brasileiros, ingleses, australianos e canadenses, somando 15% de investidores nacionais e 85% estrangeiros, com perspectivas de atração de mais investidores brasileiros à medida que o Projeto Potássio Autazes é desenvolvido.
*Com informações da assessoria08