A INB (Indústrias Nucleares do Brasil) entregou, nesta segunda-feira, dia 11/05, à Argentina, nova carga de urânio enriquecido para abastecer a Usina Nuclear de geração de energia de Atucha e o pequeno reator Carem-25 (em construção). A carga saiu da Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende/RJ, na semana passada, com destino a Buenos Aires.
A operação para a entrega do urânio enriquecido, planejada pela INB, foi coordenada pelo Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (SIPRON), com amplo apoio do Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICC-N), do Ministério da Justiça e Segurança Publica, em Brasília. Essa é a terceira venda de Urânio enriquecido à Argentina nos últimos quatro anos.
A operação foi precedida de uma articulação integrada, envolvendo os esforços de instituições federais, como o Gabinete de Segurança Institucional da Presidencia da Republica (GSI), Ministério de Minas e Energia (MME), Ministério de Relações Exteriores – Itamaraty, Ministério da Justiça e Segurança Pública, Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Receita Federal e Polícia Rodoviária Federal, com o apoio logístico de instituições públicas estaduais e municipais, e de técnicos da INB, responsáveis pela integridade, segurança física e radiológica do material.
A INB é uma empresa vinculada ao MME e exerce, constitucionalmente, o monopólio da exploração de urânio em solo brasileiro e da produção de combustível nuclear. Em parceria com a Marinha do Brasil, a empresa detém o domínio de todo o ciclo do combustível nuclear, o que insere o Brasil, que possui abundantes recursos do mineral, no seleto grupo de países que dominam a tecnologia do enriquecimento isotópico de urânio e possuem o mineral em abundância.
O crescimento da produção de urânio enriquecido pela INB é parte dos objetivos da empresa de viabilizar economicamente suas operações e atender aos interesses estratégicos do País, tornando-se um exportador de combustível para reatores nucleares, com altíssimo valor agregado.
Com uma estrutura industrial de fabricação de combustível nuclear, tecnologia de enriquecimento autóctone, de uso pacífico para reatores de geração elétrica e pesquisa; bem como, exportação de urânio com alto valor agregado, a INB busca, com o aumento de sua produtividade, a autossuficiência em relação aos recursos do Tesouro Nacional.
Fonte: Ministério de Minas e Energia