Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, revela potencial para o país se tornar líder mundial na exploração de uma das maiores jazidas do mundo e dominar o mercado de energia nuclear.
Nova jazida de urânio no Brasil promete revolucionar o setor de energia nuclear e gerar milhares de empregos. Localizada no Ceará, a reserva já está sendo apelidada de “Petrobras do urânio” devido ao seu potencial estratégico. Essa descoberta pode impulsionar a produção de energia limpa e consolidar o país como uma potência no mercado nuclear. Clique aqui e saiba o que é urânio e para que serve.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou na última sexta-feira, 8, que o Brasil possui uma ‘Petrobras do urânio’ não explorada e destacou a necessidade de modernizar a cadeia nuclear do país. Segundo o ministro, é inaceitável que o Brasil tenha a 7ª maior reserva de urânio do mundo, conhecendo apenas 26% do seu subsolo.
A jazida de urânio brasileira está localizada na fazenda Itataia, entre os municípios de Santa Quitéria e Itatira, a cerca de 210 km de Fortaleza. Se o projeto for aprovado em todas as etapas, na usina de reserva de urânio será possível produzir tanto urânio quanto elementos fosfatados, utilizados na produção de fertilizantes. No texto em que anunciou a aprovação, a Comissão Nacional afirmou que os dois produtos têm potencial estratégico para o Brasil.
A exploração da mina ficará a cargo do Consórcio Santa Quitéria, uma parceria entre a Indústrias Nucleares Brasileira (lNB) e a Galvani Fertilizantes, do setor privado. Contudo, o processo é marcado pela morosidade e depende do licenciamento ambiental concedido pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente). Em 2022, a autarquia não aprovou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) apresentado pelo grupo. Enquanto o consórcio entrega informações complementares ao Ibama e aguarda nova análise, as obras na jazida de urânio brasileira não podem começar.
Conheça as principais etapas de produção do Projeto Santa Quitéria
Por parte do consórcio, a expectativa é obter a licença completa de instalação até o fim de 2024. Mesmo com esta licença, a usina deve demorar para começar a funcionar. As obras de instalação devem durar dois anos e meio. Neste cenário e com a licença de operação aprovada, o complexo poderia começar produzir entre o fim de 2027 e começo de 2028.
A expectativa do Governo do Ceará é que a usina na jazida de urânio estimule o crescimento econômico da região e do estado. Para a fase de implantação, o consórcio Santa Quitéria prevê um investimento de R$ 2,3 bilhões. Devem ser gerados 2,8 mil empregos diretos e 5,6 mil empregos diretos na fase de construção do complexo de beneficiamento. Quando estiver em operação, a previsão é de 538 empregos diretos e 2,3 mil postos de trabalho indiretos.
*Informações do Click Petróleo e Gás e Poder 360