A Vale elevou para o nível dois a situação da barragem de rejeitos da mina Capitão do Mato, em Nova Lima, região metropolitana de BH. Isso quer dizer que a mineradora identificou problemas na estrutura da barragem e as ações tomadas para conter a anomalia não foram suficientes. Segundo a empresa, a quantidade de chuvas dos últimos dias afetou a estrutura.
“Em decorrência do volume de chuvas, superior à média histórica registrada na região, alguns instrumentos da estrutura apontaram alterações temporárias no nível de água, já tendo, neste momento, retornado aos níveis normais. A barragem permanecerá preventivamente em nível 2 até a conclusão da análise técnica do histórico e das condições atuais da estrutura”, diz a empresa em comunicado.
Nenhum morador da região corre risco, já que as famílias que viviam abaixo da barragem já haviam sido retiradas de casa em novembro do ano passado, por conta do risco na barragem da mina de Vargem Grande.
Segundo a ANM (Agência Nacional de Mineração), a barragem de Capitão do Mato tem 36 metros de altura e conta atualmente com 2,1 milhões de metros cúbicos de sedimentos.
Com isso, agora, Minas conta com 16 barragens em nível um, cinco em nível dois e quatro estruturas em nível três, que é considerado o mais grave. Todas as barragens em nível máximo de atenção pertencem a Vale.
Níveis do Departamento Nacional de Produção Mineral
I. Nível 1 – Quando detectada anomalia que resulte na pontuação máxima de 10 (dez) pontos em qualquer coluna do Quadro 3 – Matriz de Classificação Quanto à Categoria de Risco (1.2 – Estado de Conservação), do Anexo V, ou seja, quando iniciada uma ISE e para qualquer outra situação com potencial comprometimento de segurança da estrutura;
II. Nível 2 – Quando o resultado das ações adotadas na anomalia referida no inciso I for classificado como “não controlado”, de acordo com a definição do § 1º do art. 27 desta Portaria; ou
III. Nível 3 – A ruptura é iminente ou está ocorrendo.
Fonte: BHAZ