Os danos ambientais causados pela mineradora Globest, no município de Quiterianópolis, foram discutidos em audiência pública promovida pela Comissão do Meio Ambiente e Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Ceará.
A empresa explorou minério de ferro por mais de cinco anos e deixou vários danos ambientais, ainda sem reparar. Indagado sobre a movimentação da empresa em voltar a operar a mineradora de ferro, o deputado estadual, Renato Roseno, foi incisivo: “Não dá para falar de futuro sem consertar o passado, água, solo e comunidade que foram afetados. A empresa deixou um passivo ambiental que precisa ser reparado”.
Existe um Plano de Recuperação de Área Degradada firmado entre a empresa e a Semace que se vence no dia 24 de julho vindouro.
A audiência Pública reuniu centenas de participantes, representantes do Ministério Público, da Semace, de órgãos de mineração, moradores, de Câmaras de Vereadores, da Prefeitura de Quiterianópolis e Novos Oriente, no ginásio coberto da Escola Estadual, Maria José Coutinho, na cidade de Quiterianópolis.
O deputado estadual, Acrísio Sena, presidente da Comissão de Meio Ambientepre da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará disse que a discussão foi muito importante e que Ministério Público e a Semace vão cobrar da Globest os danos causados ao município de Quiterianópolis e à região.
“Esse caso é exemplar e para ter outra mineradora no Ceará é preciso ter mais cuidado”, disse Acrísio Sena. O parlamentar disse que é preciso ter um estudo mais aprofundado do Instituto Nutec sobre os danos causados ao meio ambiente, à presença de metais cancerígeno e não no solo e no leito do Rio Poti. “É preciso definir a responsabilidade de quem poluiu”, pontuou.
Acrísio Sena disse esperar que a secretaria de Saúde do Estado indique uma realidade clínica da população antes e depois dessa mineradora operar e causar problemas respiratórios e de pele, alegados por alguns moradores.
Fonte: Diário do Nordeste