Neste mês de agosto, a ArcelorMittal Tubarão e o Projeto Tamar celebram duas décadas de parceria. Nesses 20 anos, 4.940 tartarugas-verdes – Chelonia mydas, espécie em extinção protegida pelo Projeto – foram capturadas, marcadas e devolvidas ao mar.
Localizada em Serra, a produtora de aço abriga um movimentado ponto de captura e estudo da espécie. A base de trabalhos do Projeto está instalada na área do efluente final da empresa, onde há grande aglomeração de tartarugas. Elas chegam atraídas, principalmente, pela água calma e morna que favorece a formação de um refúgio seguro e farto de alimentação.
“Temos certeza de que a parceria vem dando frutos não só pelo fato de as tartarugas estarem confortáveis no ambiente, pois sempre estão retornando, mas também pelo seu desenvolvimento”, comenta o gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente da ArcelorMittal Tubarão, Bernardo Enne Correa da Silva.
De acordo com as estimativas, apenas uma em cada mil tartarugas marinhas cheguem à sua fase adulta (30 anos de idade, em média). A sobrevivência da espécie depende, assim, da sua capacidade de conseguir gerar um alto número de novas crias todos os anos. Daí a valiosa importância do trabalho desenvolvido pelo Projeto Tamar.
Nesses 20 anos de parceria, um dos principais marcos foi a instalação, em 2012, do Projeto Tamar Vitória, na Enseada do Suá, na capital. Com apoio da ArcelorMittal Tubarão, foi construído um grande tanque de observação da tartaruga-verde, aberto para o público. “O Centro de Visitantes representa um apoio fantástico. O tanque, que é o maior com visores do Espírito Santo, permite uma aproximação das pessoas, uma maior sensibilização na questão da educação ambiental. Ele permite que as crianças interajam. Tornou-se um atrativo de interação com as tartarugas”, comentou Denise de Borba Rieth, bióloga gestora do Centro de Visitantes do Projeto Tamar.
Mais que trabalhar a educação ambiental, o Projeto tem contribuído para disseminar informações e entregar ao público uma experiência diferenciada. “Quando a gente fala de preservação de espécie, estamos falando também da pesquisa que está sendo desenvolvida através do Tamar, gerando conhecimento. Um conhecimento que vai se difundir e atingir públicos diversos”, finalizou Rafael Kuster Gonçalves, oceanógrafo e pesquisador do Projeto Tamar.
Saiba mais
Todas as tartarugas capturadas e marcadas passam por estudos de biometria, crescimento, padrões migratórios, perfil hematológico e condição de saúde, e apresentaram bom estado de saúde e nutrição, atestando a qualidade do efluente industrial da empresa.
Fonte: Portal da Mineração