Comentários da BHP sobre possíveis riscos decorrentes da maior produção e estoques mais altos pesam sobre os contratos futuros do minério de ferro, que haviam fechado na cotação mais alta em mais de seis anos.
No curto prazo, a recuperação da produção no Brasil e taxas de execução recordes de produtoras australianas, bem como estoques elevados de minério de ferro granulado e pelotas, podem apresentar riscos de queda para os preços atuais, de acordo com analistas do Morgan Stanley, que citaram comentários da BHP em uma mesa redonda na semana passada.
Uma incompatibilidade entre a maior oferta da Vale (VALE3) e produção de aço bruto fora da China também causará maior volatilidade, disse a mineradora.
Os preços do aço à vista subiram para o nível mais alto neste ano puxados pela forte demanda de usuários finais, o que reduziu os estoques, e os lucros das usinas estão no maior patamar desde janeiro, segundo um indicador da Bloomberg Intelligence.
Em outro relatório sobre as perspectivas do minério de ferro, o banco disse que “o momentum da demanda subjacente continuará até 2021, enquanto o mercado se prepara para disrupções da oferta”. Após a desaceleração do inverno na China, a oferta de aço vai se apoiar em novos projetos de construção, enquanto a produção de minério de ferro no Brasil enfrentará a temporada de chuvas.
Os contratos futuros de minério de ferro negociados na Bolsa de Cingapura fecharam a sexta-feira no maior nível desde janeiro de 2014.
O contrato na China terminou em baixa após subir todos os dias da semana passada, enquanto os futuros do vergalhão de aço e da bobina laminada a quente em Xangai caíram após registrarem ganhos semanais.
Fonte: Money Times