Há quatro anos, a liderança do braço brasileiro da Alcoa, uma das maiores empresas de alumínio do mundo, iniciou a discussão sobre políticas de inclusão e diversidade no país. A decisão foi seguir em frente e o resultado, transformador.
“Nossa grande lição foi que, por meio de políticas da empresa, podemos ajudar a transformar a sociedade, tornando-a mais inclusiva e acolhedora”, conta Otávio Carvalheira, presidente da Alcoa Brasil. “O respeito às opções pessoais deve ser prioridade. As pessoas devem ser quem são dentro e fora da fábrica.”
Essa característica de acreditar que as mudanças são necessárias e que todos têm condições de vencer os desafios com uma visão positiva e otimista é o que diferencia os colaboradores da empresa. É, também, um dos pontos que levaram a companhia a conquistar, pelo terceiro ano consecutivo, a presença no guia Melhores Empresas para Trabalhar da revista VOCÊ S/A, sendo a melhor no setor de siderurgia.
Mas, este ano, o feito veio com um sabor especial: a Alcoa foi o destaque na categoria Employer Branding ou “marca do empregador”, em tradução livre. Para Carvalheira, esse resultado traz à luz os valores que a empresa, há 54 anos no Brasil, prega: agir com integridade (fazer a coisa certa, ser ético), trabalhar com excelência (fazer hoje melhor do que ontem e amanhã ainda melhor) e cuidar das pessoas (tratá-las com dignidade em um ambiente diverso, inclusivo e seguro). “Viver junto nossos valores leva a um alinhamento forte dos funcionários no dia a dia e cria uma aliança para as pessoas se desenvolverem”, diz.
Não à toa, entre todas as práticas de gestão da empresa, o presidente destaca o programa de desenvolvimento de pessoas. “Ele busca valorizar o indivíduo, com conversas estruturadas entre líderes e funcionários, sem burocracias e com feedbacks no menor tempo possível para o seu real desenvolvimento”, explica.
Para Carvalheira, a empresa se prepara para o futuro apostando em inclusão, diversidade e inovação. Se há alguns anos existiam poucas mulheres no setor de mineração, a Alcoa conta com 15% de mulheres trabalhando na mina de bauxita no Pará. “Esse número ainda está muito aquém do que almejamos, mas é um grande avanço”, comenta o presidente da companhia. “Temos que refletir a sociedade. A diversidade de pensamentos leva à inovação e a um negócio sustentável”, completa.
Fonte: Exame