quinta-feira, 9 de maio de 2024
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    Agenda ESG da Mineração do Brasil – conheça as principais metas do setor

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    No webinar organizado nesta 2ª feira (5/9) para divulgar os recentes avanços da Agenda ESG da Mineração do Brasil, a consultoria Falconi informou que desde outubro foi possível avançar muito na mensuração de resultados. Destaque para novas metas divulgadas para alguns grupos de trabalho (GTs), como o de Inovação. Este grupo estabeleceu como meta às mineradoras aumentar em 53%, até 2030, o investimento em P&D Tech.

    Já o GT Mitigação de Impactos Ambientais apurou resultados que surpreenderam. A meta para o setor atingir até 2030 foi expressa, no ano passado, pelo índice de áreas protegidas sobre o total de áreas impactadas, de 11,8. Os resultados de 2021, divulgados agora, mostram que as empresas relatam ter atingido um indicador de 11,4, ou seja, quase batendo a meta. Esse avanço é celebrado pelo IBRAM e, segundo a Falconi, é fruto do maior engajamento das mineradoras ao fornecerem dados sobre o tema. Esta meta setorial para 2030 está em revisão e poderá ser calibrada, já que está demonstrado que a indústria da mineração pode alcançar melhores resultados em termos de mitigação dos impactos ambientais.

    Outros exemplos de metas já anunciadas são: redução do consumo de água em 10% até 2030; e o de energia em 5% até 2025. Como novidade, o GT Energia instituiu a meta referente ao aumento do consumo de energia proveniente de fontes renováveis: 15% até 2030.

    Um trabalho importantíssimo está sendo conduzido pelo GT1- Segurança de Processo. Este tema exige ainda amplas e profundas discussões técnicas. O GT está trabalhando para definir as diretrizes e pilares para a implantação da segurança de processo na mineração. A partir daí será possível estabelecer metas finalísticas para o tema.

    Também estão em fase de construção de metas os GTs de:

    • Relacionamento com Comunidades – as empresas têm avançado no cumprimento dos compromissos estabelecidos, entre os quais, a construção colaborativa do Guia de Relacionamento com Comunidades para a Mineração, a ser lançado na próxima semana, na EXPOSIBRAM 2022 (de 12 a 15 de setembro, em Belo Horizonte);
    • Gestão de Resíduos – metas serão divulgadas em breve;
    • Desenvolvimento de Territórios – metas serão divulgadas em breve. O IBRAM está à frente de projetos que visam, por exemplo, fomentar governança multisetorial nos territórios mineradores para definir uma agenda positiva e transformadora, compartilhando valor para todas as partes interessadas;

    Outros GTs já anunciaram suas metas:

    • GT Barragens e Estruturas – fatalidade zero em incidentes com estruturas de disposição de rejeitos;
    • GT Saúde e Segurança Ocupacional – atingir zero fatalidades em 2030. Com base em dados fornecidos por 19 empresas, desde 2020 tem havido queda no indicador de fatalidades. Em 2019 o indicador foi de 0,740; em 2020, 0,033; em 2021, 0,004;
    • GT Comunicação e Reputação – o índice de reputação do setor registrado em 2021 foi de 62,3. A meta é evoluir em mais 12% e chegar a 69,8 em 2030. Já o índice das empresas consolidado (média) em 2021 foi de 67,2 e a meta é chegar a 72,3 (8% a mais).

    O cumprimento dos compromissos sustentáveis da Agenda ESG se dá pelo atingimento de metas por meio de diversas ações, com medição por indicadores setoriais estabelecidos em comum acordo pelos GTs. O setor estabelece metas rígidas, no geral para serem atingidas até 2030, e essa evolução pode ser acompanhada com transparência pela sociedade, informa a Falconi. Uma das formas para acompanhar é acessar o site e as redes sociais do IBRAM; outra é participar dos eventos organizados pelo Instituto.

    Diversidade e inclusão

    Outro ponto destacado pelo novo balanço da Agenda ESG da Mineração do Brasil é a realidade da presença de mulheres e de pessoas com deficiência (PCD) nas mineradoras e em cargos de liderança. Agora foi possível apurar com maior precisão a situação atual nas empresas relativa ao ano de 2021.

    Em junho de 2021, a presença feminina estava em 17%. Agora, considerando a mais recente coleta de dados junto às mineradoras, foi constatado que elas fecharam o ano passado com o mesmo percentual de mulheres. A meta para 2030 é dobrar este percentual. Já a participação de mulheres em liderança baixou um pouco: de 22% em junho de 2021 para 19% no resultado de todo o ano passado. A meta setorial é atingir 35% até 2030.

    A presença de PCDs nas organizações passou de 4% para 4,5% (2021), com meta de 6% até 2030. Em posições de liderança houve evolução de 1% para 1,3%, com meta de chegar a 2,3% em 2030.

    Estudo inédito identifica nível de maturidade em ESG das mineradoras

    Este ano, a Agenda ESG apresenta uma inovação. O estudo ‘Assessment ESG’ coletou dados que permitiram à Falconi apurar e traçar um retrato de maturidade ESG do setor mineral. Este trabalho técnico, realizado em 2022, contou com a participação de 30 das 51 empresas associadas ao IBRAM que fornecem dados para a estruturação da Agenda ESG. As empresas responderam a um self assessment (auto-avaliação) composto por 24 questões distribuídas em 5 pilares.  Para o próximo ano, estima-se que o número de empresas participantes será maior e que o IBRAM e a Falconi poderão avançar ainda mais na apuração da maturidade ESG do setor mineral.

    Em uma escala de 1 a 5, a média para o setor ficou na escala 4, o que corresponde a uma nota de 66 pontos, em um total de 100 pontos. É um resultado bem positivo em termos de maturidade ESG, avalia a Falconi. Essa pontuação classifica essa maturidade como ‘Gerenciado’, ou seja, as empresas possuem “padrões de tratamento e gerenciamento de sua Agenda ESG, buscam a geração de valor sustentável e compartilhado, mas ainda apresentam alguns gargalos distribuídos na organização que as impedem de atingir os objetivos estabelecidos”, segundo avaliação do estudo.

    As companhias com maior faturamento e as com maior número de empregados apresentaram as notas mais altas neste estudo sobre maturidade em ESG. Todos os resultados desse estudo permitirão às companhias mineradoras de todos os portes adotarem providências para elevar sua maturidade em ESG”, informa o IBRAM.

    Os pontos fortes das mineradoras em ESG apurados pelo estudo ‘Assessment ESG’ são os seguintes:

    • A identidade organizacional expressa por meio do Propósito, Missão, Visão e Valores;
    • A organização identifica e gere os riscos corporativos que podem impactar a longevidade do negócio sob os aspectos econômicos e também sociais e ambientais;
    • Identificação de temas materiais que devem compor a agenda ESG por meio de avaliação dos riscos corporativos e percepções de públicos internos e externos;
    • Estabelecimento de comitês, políticas e códigos que definem as diretrizes ESG e garantem a transparência e a ética na prestação de contas à sociedade, incluindo seus stakeholders.

    Por outro lado, informa a Falconi, ainda há oportunidades de melhorias, principalmente relacionadas à Implementação de rotina de rituais de gestão, que conectam o nível operacional ao nível estratégico, identificando o status das iniciativas e os resultados das metas ESG, analisando os desvios e estabelecendo medidas; além de realizar o desdobramento das metas ESG do nível decisório ao operacional e incorporá-las ao plano de remuneração variável das companhias.

    Na EXPOSIBRAM 2022 os resultados desse estudo e também os avanços na Agenda ESG da Mineração do Brasil serão destaques nos debates na programação do Congresso Brasileiro de Mineração. Faça sua inscrição clicando aqui.

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