Barragem Sul Superior está em nível máximo de alerta desde março deste ano.
A Vale está usando técnicos pendurados em helicópteros para monitorar a barragem Sul Superior, na Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais, na Região Central de Minas Gerais. A estrutura está em nível máximo de alerta desde março deste ano, segundo classificação da Agência Nacional de Mineração (ANM).
Entre os instrumentos usados para verificar as condições internas da barragem estão os piezômetros, que monitoram a pressão da água e permitem identificar algum problema na movimentação da estrutura.
Marcelo Barros, diretor de operações da Vale, disse que a barragem era monitorada por 25 piezômetros manuais e 20 piezômetros automatizados, mas, desde a mudança de nível de segurança, a estrutura conta com apenas cinco instrumentos manuais. O monitoramento integral, no entanto, é previsto em uma resolução da ANM publicada há dois anos.
A leitura desses equipamentos manuais foi interrompida desde que a Sul Superior chegou ao nível 3 de alerta, já que os trabalhadores não podem ficar na zona de autossalvamento. Para realizar a leitura destes equipamentos, os funcionários da Vale são levados até os locais em helicópteros. Eles descem por uma corda de rapel, a uma altura de 30 metros, e fazem a medição. A solução foi acordada pela mineradora com o Ministério do Trabalho.
Para Wagner Araújo, chefe da divisão de segurança da agência em Minas Gerais, a quantidade de cinco piezômetros manuais fica aquém da necessidade da Sul Superior. A Vale informou que monitora a estrutura 24 horas por dia com piezômetros automatizados, em uma central de monitoramento geotécnico.
Fonte: G1