sexta-feira, 22 de novembro de 2024
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Mais
    InícioNotíciasDebatedores defendem transparência no uso de recursos da mineração e de recursos...

    Debatedores defendem transparência no uso de recursos da mineração e de recursos hídricos

    Publicado em

    Agência Nacional de Mineração defende que estados e municípios divulgem dados da arrecadação e aplicação dos recursos

    Participantes de audiência pública promovida pela Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (1º) defenderam maior transparência na aplicação dos recursos de compensações financeiras cobradas dos segmentos de mineração e de geração de energia elétrica, chamados royalties – as compensações financeiras pela Exploração Mineral (CFEM) e de Recursos Hídricos (CFURH).

    O superintendente de arrecadação da Agência Nacional de Mineração (ANM), Etivaldo da Silva, defendeu que estados e municípios criem estruturas para divulgar a arrecadação e a aplicação dos recursos da CFEM nos sites dos respectivos tribunais de contas e de assembleias legislativas e câmaras de vereadores.

    Ele explicou que a CFEM é um tributo que incide sobre a atividade mineradora, com alíquotas entre 0,2% e 3,5%, sendo exigido de pessoas físicas e jurídicas que atuam no segmento. “Em 2020, a CFEM arrecadou pouco mais de R$ 6 bilhões, com alíquota média de 2,91%”, afirmou Silva.

    Atualmente, 7% do arrecadado com a CFEM é destinado à própria ANM, sendo o restante distribuído entre municípios onde há mineração (60%), estados (15%), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-Ibama (0,2%), o Centro de Tecnologia Mineral-Cetem (1,8%) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-FNDCT (1%).

    Diretrizes
    O promotor de Justiça Daniel Bona, do Ministério Público do Estado do Pará, sugeriu a aprovação de uma lei que garanta mais transparência na distribuição dos recursos das duas contribuições. “Temos de definir diretrizes que permitam saber onde a verba vai ser aplicada, é preciso também ter regras especificas de transparência, estabelecendo como estados e municípios devem divulgar gastos relacionados a essas compensações”, sugeriu.

    Segundo Bona, um procedimento administrativo instaurado em 2018 na cidade de Altamira – uma das impactadas pela usina hidrelétrica de Belo Monte –, no Pará, apontou dois problemas relacionados à aplicação de compensações financeiras: dificuldade de rastreamento e uso indiscriminado.

    “Fomos aprofundando as investigações e verificamos, a partir da contabilidade, que essas verbas estavam servindo não para compensar os impactos econômicos, sociais e ambientais na região, mas para alguns interesses escusos do corpo político de Altamira”, disse o promotor.

    O deputado Padre João (PT-MG), que propôs o debate, concordou com a necessidade de aumentar o controle social e a transparência sobre os recursos das compensações – Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) e Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Hídricos (CFURH) –, porém destacou que o desafio do Congresso é fazer isso sem invadir as competências de estados e municípios.

    “Necessitamos avançar em um marco regulatório em relação à utilização das contribuições. Isso é fundamental. Talvez um plano nacional com competências distribuídas”, disse.

    Para o deputado, além de compensar impactos, os recursos das compensações devem servir também para diversificar as atividades econômicas das cidades. “O problema maior para o município é depender de uma única atividade. Temos de criar alternativas de renda”, completou.

    CFURH
    Já o superintendente de Concessões e Autorizações de Geração da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Carlos Cabral, detalhou que a CFURH é paga pelas produtoras de energia elétrica de origem hídrica aos entes federados que abrigam hidrelétricas ou reservatórios.

    “As concessionárias recolhem 7% do valor da energia produzida a título de compensação financeira. O total a ser pago corresponde a 7% do produto entre a energia gerada no mês e a Tarifa Atualizada de Referência (TAR) – definida anualmente por meio de resolução da Aneel”, informou.

    Cabral também considera fundamental aumentar a transparência sobre o uso da CFURH, que arrecadou R$ 1,85 bilhão em 2020. “Transparência tem de ser cada vez mais o caminho quando se trata de valores tão vultosos”, comentou.

    Dos 7% recolhidos, 0,75% é destinado à Agência Nacional de Águas (ANA) e 6,25% distribuídos entre municípios (65%), estados (25%) e a União (10% – repartidos entre o Ministério de Meio Ambiente (3%); o Ministério de Minas e Energia (3%) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (4%).

    Participação especial
    Por fim, o representante da Associação de Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig), José Fernando de Oliveira, defendeu a aprovação do projeto que cria a cobrança de participação especial em reservas minerais de grande rentabilidade, Projeto de Lei 463/11, assinado pelo Conselho de Altos Estudos da Câmara, e também da PEC 42/19, que acaba com a isenção prevista na Lei Kandir para a exportação de minérios.

    Fonte: Agência Câmara de Notícias

    São Paulo
    nuvens quebradas
    18.8 ° C
    19.5 °
    18.2 °
    91 %
    4.6kmh
    75 %
    sex
    23 °
    sáb
    23 °
    dom
    24 °
    seg
    26 °
    ter
    31 °

    Notícias recentes

    Libero Copper (TSXV:LBC) Advances 14,000-Metre Drill Program to Expand Mocoa Copper-Molybdenum Deposit in Colombia

    (adsbygoogle = window.adsbygoogle || ).push({}); Libero Copper (TSXV:LBC) recently announced details of its...

    Bahia ganha novo Centro Integrado de Estudos Geológicos em Morro do Chapéu

    As novas instalações do Centro Integrado de Estudos Geológicos de Morro do Chapéu (BA)...

    Solaris Resources (TSX:SLS) Announces Emigration Completion Plan, Leadership Changes, and Spin-Out Initiative

    (adsbygoogle = window.adsbygoogle || ).push({}); Solaris Resources (TSX:SLS)(NYSEAmerican:SLSR) has announced final steps to...

    leia mais

    Libero Copper (TSXV:LBC) Advances 14,000-Metre Drill Program to Expand Mocoa Copper-Molybdenum Deposit in Colombia

    (adsbygoogle = window.adsbygoogle || ).push({}); Libero Copper (TSXV:LBC) recently announced details of its...

    Bahia ganha novo Centro Integrado de Estudos Geológicos em Morro do Chapéu

    As novas instalações do Centro Integrado de Estudos Geológicos de Morro do Chapéu (BA)...

    Solaris Resources (TSX:SLS) Announces Emigration Completion Plan, Leadership Changes, and Spin-Out Initiative

    (adsbygoogle = window.adsbygoogle || ).push({}); Solaris Resources (TSX:SLS)(NYSEAmerican:SLSR) has announced final steps to...